Igreja de Santo Agostinho, em Coburgo, Alemanha, recebe trabalhos de restauros
St. Augustinkirche Imagem: divulgação |
A cidade de Coburgo, com seus templos milenares - fundados por
monges beneditinos, então propriedade do Margrave de Meissen, sofreu com a
revolução imposta por Martinho Lutero. O líder protestante determinou o
fechamento de igrejas católicas e a última missa foi celebrada em 1528, na
Capela de São Nicolau. Em 1818, Coburgo passou a ser propriedade da família
Ducal de Saxe-Coburgo-Gotha, cuja linha Ernestina havia se transformado em Luterana. Apenas
parte da família, o Ramo de Koháry, da qual descendia o Príncipe Luiz Augusto,
genro de Dom Pedro II, conservou-se católica. Em 1803, quase 300 anos depois
das determinações de Lutero, a igreja de São Nicolau voltou a celebrar missas. A
cidade contava com cerca de 600 fieis que resistam na fé.
Consternado com o baixo número de católicos
em Coburgo, o Príncipe Augusto, pai do genro de Dom Pedro II, inaugurou o
comitê, que sob seu imediato patrocínio, teria a incumbência de construir uma
nova igreja naquela cidade. Do projeto de Vincenz Fischer-Birnbaum, em estilo
neogótico, com órgão e 3 sinos, a igreja foi consagrada no dia de Santo Agostinho,
em homenagem ao Príncipe benfeitor, em 28 de agosto de 1860, pelo Arcebispo de Bamberg,
Monsenhor Michael Deinlein.
A igreja de Santo Agostinho no século XX
Imagem: © Archiv St. Augustin
A igreja em dia de 1ª comunhão. A construção do templo fez ressurgir a fé católica em Coburgo
Imagem: © Archiv St. Augustin
Funerais do Czar Fernando I da Bulgária, em 1948
Imagem: © Archiv St. Augustin
Túmulo da Princesa brasileira Dona Leopoldina de Bragança, Duquesa de Saxe-Coburgo-Gotha
Imagem: divulgação
Dona Leopoldina, segunda filho do Imperador
Dom Pedro II e da Imperatriz Dona Teresa Cristina do Brasil, casou-se com o
Príncipe Luiz Augusto de Saxe-Coburgo-Gotha, em 1864. Este casamento acabou
por iniciar um novo ramo da Família Imperial Brasileira, os Saxe-Coburgo e Bragança,
como passaram a ser conhecidos os descendentes desta linhagem. Falecidos os
Príncipes deste ramo da Família Imperial, foram sepultado na igreja de Santo
Agostinho. A primeira foi Dona Leopoldina, que precocemente morreu no Palácio
da cidade, em 1871, aos 23 anos de idade, vítima de um surto de tifo. Lá estão
sepultados o Príncipe Augusto, grande benemérito, e sua esposa, a Princesa
Clementina, sogros de Dona Leopoldina, além do marido desta, o Príncipe Dom
Luiz Augusto, e os filhos do casal, Dom Pedro Augusto, Dom Augusto Leopoldo,
que foram criados no Brasil por Dom Pedro II, além do Príncipe Luiz Gastão, do
Czar Fernando I da Bulgária e de outros membros da família.
Dom Carlos Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança |
Segundo a administração, pertencente a
Diocese de Würzburg, com a construção da igreja, depois da Segunda Guerra
Mundial, houve um grande crescimento e ressurgimento da fé católica na cidade,
levando à necessidade da criação de cinco paróquias ligadas a igreja de Santo
Agostinho.
A Fundação de Proteção Patrimonial Alemã
patrocina a restauração do templo, que está temporariamente fechado.
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