Os 127 anos da Lei Áurea e a república
No dia 13 de maio de 2015, data que marcou os 127 anos da assinatura da Lei Áurea, a chamada Pastoral Afro, da Conferência Nacional do Bispos do Brasil, através de seu coordenador, o Padre Jurandyr Azevedo de Araújo, divulgou nota que considera este dia “uma data marcante para o Brasil”, ponderando, porem, que a abolição da escravatura é uma “obra inacabada”.
Reconhecimento: Revista Ilustrada, de 14 de julho de 1888, estampa, na capa, uma família negra depositando flores em frente ao retrato da Princesa Dona Isabel
Esquece-se a CNBB, grande incentivadora da república, que as referidas questões apontadas no texto são de responsabilidade do golpe de 1889, que ao derrubar a monarquia e banir a Família Imperial, excluiu também o negro. A proclamação da república, há pouco mais de um ano da assinatura da Lei Áurea é significante para o entendimento das manobras do partido republicano da época, que num ato de revanchismo, recebeu apoio de fazendeiros e outros escravocratas, contrários ao abolicionismo e a Família Imperial. A república no Brasil nasceu desonesta, pois além de contar com o apoio daqueles que queriam a anulação da Lei Áurea, desassistiu totalmente os negros e favoreceu a criação das favelas nos grandes centros.
Atualmente a disputa de classes e, consequente, de raças, insuflada pela ideologia marxista, que encontra reforço em muitos bispos, que dão este viés ao seu magistério, tentam, de todas as formas, favorecer uma disputa entre brancos e negros. Segundo Dionatan da Silveira Cunha, editor do Blog Monarquia Já, "com alegação de preconceito e desrespeito as raças, os grupos revolucionários dão exemplo de contradição, pois pregam a igualdade de todos ao mesmo tempo em que estimulam a divisão e evidenciam a classificação e identificação racial, este é apenas mais uma semelhança do nazismo/fascismo com o socialismo/comunismo. É óbvio que a capacidade de crescimento e desenvolvimento é a mesma para brancos e negros, pensar o contrário é um crime. É necessário explicar aos seguidores dos movimentos revolucionários, que este embate, recurso muito clássico do marxismo, só favorece o preconceito, ao invés de mitigá-lo. Temos é que valorizar o negro e não incentivar a divisão".
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