Princesa Dona Amélia de Orleans e Bragança e James Spearman se casam em agosto no Rio
As vésperas de seu casamento no Brasil, a Princesa
Dona Amélia de Orleans e Bragança e o noivo, James Spearman, pousaram para uma
sessão de fotografias exclusivas para a agência britânica Newscom, no dia 25 de junho, em Londres.
Dona Amélia e James Spearman
Imagem: Newscom
Mesmo o noivo pertencendo a uma ilustre
família europeia, tendo sido seus antepassados, figuras proeminentes da vida
pública do Reino Unido da Grã-Bretanha e titulados Baronetes, o casamento é
considerado em desigualdade. Esta questão obriga a Casa Imperial do Brasil a
tomar uma posição: anuir o casamento, abrindo precedentes para casamentos morganáticos,
ou exigir a renúncia da noiva, por si e sua descendência, aos seus direitos ao
Trono do Brasil. O assunto, por se tratar primeiramente de uma discussão estritamente
familiar, será tratado neste âmbito. A situação, portanto, permanece indefinida
e, quando houver resolução, será divulgada a todos pela assessoria da Casa
Imperial do Brasil.
Na Família Imperial o primeiro caso similar
aconteceu, em 1908, com o filho primogênito da Princesa Dona Isabel, quando Dom
Pedro de Alcântara renunciou, excluindo a si e toda a sua descendência dos
direitos ao trono brasileiro, para se casar com a Condessa Elisabeth. Nas
décadas de 70, 80 e 90, os filhos de Sua Alteza Imperial e Real, o Príncipe Dom
Pedro Henrique, que fizeram casamentos em desigualdades, também renunciaram ao
Trono do Brasil. O único caso emblemático é o de Dona Pia Maria, que ao se
casar com o Conde Rene de Nicolaÿ, permaneceu como dinasta e com o uso de seus
títulos, não tendo sua descendência, direito algum sobre aquelas titulações. De
fato, a decisão cabe única e exclusivamente ao Chefe da Casa Imperial, que no
uso de suas atribuições, com base na Constituição do Império e nas resoluções
internas, fará a melhor escolha.
O casamento da Princesa Dona Amélia como
James Spearman ocorrerá no dia 15 de agosto na Igreja Nossa Senhora do Carmo da
Antiga Sé Catedral, no centro histórico do Rio de Janeiro.
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